Os bebês, por mais que não tenham conhecimento algum da vida, de alguma forma sonham com ela. Talvez os sonhos se resumam a imagens distorcidas de um mundo que não conhecem. Ou simplesmente sonham com as cores. As cores e seus movimentos, o que faz de seus sonhos algo agradavelmente puro. Quando criança, os sonhos variam. Aqueles mais preocupados com o futuro sonham em ser médicos, jogadores de futebol, veterinários. Outros sonham em conhecer o papai Noel, que a escola acabe logo ou que completem o álbum de figurinhas. As cores tomam forma, desvendando os traços da personalidade de cada um.
Na adolescência, os hormônios mexem com os sonhos e os sonhos mexem com os adolescentes. Os sonhos passam, então, a ser divididos entre os meninos e as meninas. As meninas sonham em ter um momento com o garoto que tanto gostam, sonham em ter um namorado e logo planos de uma vida eterna já são feitos. Os meninos sonham com videogames, carros e programas de computador. Ambos sonham com seus 18 anos, com a independência, com a aproximação de suas escolhas, se desligar dos pais e viver sua vida.
Com a maturidade, os sonhos focam-se na família e na carreira. Ser um profissional renomado, bem sucedido, com um carro e uma casa espaçosa, ganhar dinheiro e poder sustentar a família da melhor forma. Quando isso não se torna possível, a única solução aparente é sonhar com os números da megasena. Na velhice, os sonhos passam a ser mais modestos, mais tenros, mais sinceros: um fim de vida feliz, tranqüilo, aconchegante e simples.
O único problema dos sonhos, em bebês, crianças, jovens, adultos ou velhos, é que de repente se pode acordar.